Após alguns dias na Itália, foi a vez de partir pra França, mais especificamente Paris, onde visitaria uma das cidades mais turísticas do mundo!
Conhecida como Cidade-Luz, Paris é a terceira cidade mais visitada no mundo, tendo alcançado aproximadamente 18 milhões de turistas no último ano. Só para se ter uma ideia, a cidade que mais recebes turistas no Brasil é SP, com menos de 2 milhões de visitantes ao ano…
Paris é uma cidade muito rica culturalmente, que teve diversas influências ao longo da história. Foi palco de diversos eventos históricos, como a Revolução Francesa, no século XVIII, e a invasão nazista, durante a Segunda Guerra Mundial.
Apesar de todas as invasões e guerras, ainda é possível encontrar traços de sua época romana, como algumas ruínas de termas. Também possui diversas igrejas datadas da Idade Média e muitos monumentos do período Renascentista. Somado a tudo isso, há atrações mais modernas, como a famosíssima Torre Eiffel.
Como são muitas atrações na cidade, acabei dividindo o que fazer na cidade em três categorias: clássicos (aquilo pelo qual a cidade é conhecida), igrejas, museus e demais atrações. Como fiquei 5 dias na cidade, pude conhecer bastante de Paris, mas ainda faltaram atrações… De qualquer jeito, ficam aí as minhas dicas:
Clássicos
Torre Eiffel: construída temporariamente para a Exposição Universal de 1889, o símbolo de Paris foi projetada por Gustave Eiffel, que dá o nome à torre. Ela pode ser vista de vários pontos da cidade, mas eu recomendo fazer um piquenique no Trocadéro, onde é possível observá-la de perto. Para subir, é necessário encarar uma fila enorme, mas vale muito à pena. A vista é incrível!
Arco do Triunfo: idealizado por Napoleão e finalizado em 1836, esse monumento celebra as vitórias militares francesas. Subir nele é imperdível, já que lá do alto é possível ver a Champs-Elysées, além da onipresente Torre Eiffel e do Louvre. Para jovens residentes na Europa, a entrada é grátis!

Detalhes do Arco do Triunfo

Vista espetacular lá de cima…
Palácio de Versailles: construído no século 17 por Luís XIV, esse palácio tornou-se o símbolo da ostentação da monarquia francesa, o que foi o estopim para a Revolução de 1789. E não é para menos: seus salões, quartos e corredores são incríveis, com destaque para o Salão dos Espelhos. Além disso, o complexo também conta com suntuosos jardins e dois palácios menores: Grand e Petit Trianon. Apesar de estar localizado fora da cidade, é bastante simples chegar ao palácio, sendo necessário pegar apenas o trem RER C5. Sugiro, porém, chegar cedo, principalmente na alta temporada, já que se formam filas quilométricas ali.

Fila (com muitos asiáticos) para entrar no Palácio…

Belas salas do Palácio, porém extremamente lotadas

Jardim de Versailles: uma paz depois de tanta gente junta
Museu do Louvre: transformado em museu em 1793, é realmente enorme e demanda muito tempo para ser visitado por completo. O problema é que depois de 3 ou 4 horas lá dentro, as coisas já não parecem tão interessantes… Por isso, é bom tentar focar em algumas coisas mais importantes, como a Vênus de Milo, o Código de Hamurabi, a Vitória de Samotrácia e a sua atração mais famosa: Monalisa. Ponto positivo é que, assim como algumas atrações da cidade, jovens residentes na Europa não pagam para entrar. Uma dica é entrar pela parte de baixo do museu, evitando, assim, uma enorme fila que se forma na parte de fora da grande pirâmide.

Clássica pirâmide do Louvre

Pirâmide de vidro invertida: não muito conhecida talvez

A obra mais famosa do mundo…

… e a quantidade de turistas tentando vê-la

Código de Hamurabi: primeiro código de leis do mundo; o famoso “Olho por olho, dente por dente.”

Vênus de Milo

Famoso quadro da Revolução Francesa La Liberté guidant le peuple de Delacroix

Pintura super realista de Denner, um pintor alemão (que eu não conhecia)

Detalhes incríveis de uma escultura

Sarrada no ar

Estátua da Mesopotâmia que representa como eu estava após andar por quilômetros para conhecer o Louvre todo.
Igrejas
Catedral de Notre Dame: marco zero da cidade, teve sua construção iniciada em 1163, sendo finalizada em 1345. Possui belas estátuas e vitrais, além das famosas gárgulas, que adornam o seu exterior. (Atualmente, está fechada devido ao triste incêndio que ocorreu em abril de 2019…)

Famosa Catedral de Notre Dame
Saint Chapelle: contruída em 1248, essa é a minha igreja preferida da cidade. É uma capela gótica iluminada por uma série de vitrais que vão da altura do solo até o seu topo. Vale a visita.

Detalhes dos belos vitrais da Igreja

Detalhes da parte inferior da Igreja
Basílica de Sacré-Coeur: dedicada ao Sagrado Coração de Maria, essa igreja é mais moderna, tendo sido concluída em 1919. O ponto alto da visita é a vista do Montmartre, onde a igreja se localiza. De lá, é possível ver uma boa parte de Paris.

Igreja de Sacre Couer

Vista a partir da Igreja, que está localizada no topo do morro
Parques
Jardins de Luxemburgo: construído juntamente com o Palácio de Luxemburgo em 1612, é um parque central que vale a visita. Uma simples passeada por entre seus caminhos e fontes é uma boa maneira de dar uma respirada em Paris.
Parque Buttes-Chaumont: localizado numa área ao norte de Paris, esse Parque não é tão famoso, mas merece a visita, pois oferece uma bela vista da cidade. Para chegar até lá, deve-se pegar a linha 7 bis até a estação Buttes-Chaumont e depois caminhar mais um pouco até o topo da ilha de pedra, de onde se tem uma bela vista.
Promenade Plantée: é basicamente um parque/jardim instalado sobre um viaduto desativado. Dá uma boa ideia do que fazer com o Minhocão em São Paulo…
Museus
Museu da Idade Média: localizado num belo edifício, que contava com termas romanas, o museu conta com atrações muito interessantes, incluindo vitrais, esculturas e tumbas. O ponto alto da visita é um conjunto de tapetes bem diferenciados. Apesar de não ser muito famoso, recomendo a visita (que também é grátis para jovens).

Detalhes do acervo do museu

Tapeçaria do século XII que é o ponto forte da visita
Centro Cultural Georges Pompidou: é um dos mais importantes museus de arte moderna do mundo, com obras de Duchamp, Magritte e Chagall. O edifício em si também é uma atração bem interessante, contando com uma bela vista do último andar. Na minha opinião, entretanto, acabei não entendendo algumas das obras mais contemporâneas do museu… Mas tudo bem, valeu a pena visitá-lo (também foi grátis).

Edifício moderno que abriga o museu

Vista do museu

Obra de arte muito interessante

Obra bastante profunda
Museu d’Orsay: localizado numa antiga estação de trem, esse é um museu maravilhoso, parada obrigatória em Paris na minha opinião. Possui obras de muitos artistas famosos, como van Gogh, Monet, Renoir, Degas e muitos outros. No último andar, há um terraço com uma excepcional vista da cidade.

Museu Orsay

Famosa obra (bastante polêmica também)

Uma das obras expostas de Van Gogh
Museu Rodin: aberto desde 1919, esse museu conta com esculturas de Rodin, incluindo o clássico O Pensador. Na visita, aproveite também é dê uma volta pelo belo jardim, que possui outras belas obras do artista.

Estátua de bronze de Rodin: incrível ver os detalhes

Jardim do museu: vale a pena um passeio
Outras atrações
Conciergerie: inicialmente idealizado como palácio real, foi posteriormente adaptado como uma prisão. Nela, milhares de presos esperaram pela guilhotina, incluindo alguns famosos, como Maria Antonieta e Robespierre.

Local onde ficavam as celas do presos políticos

Belo prédio que abriga a Concileire
Pantheon: concebido inicialmente como uma igreja, foi convertido no século 18 em um pantheon, que abriga túmulos de diversas personalidades ilustres. Entre elas, destaque para Voltaire, Victor Hugo, Marie Curie e Rousseau.

Fachada do Pantheon

Relógio dentro do Pantheon
Hotel Les Invalides: mais um local onde se pode visitar restos mortais, dessa vez de Napoleão Bonaparte (um túmulo bastante luxuoso, diga-se de passagem). Além disso, o complexo conta com alguns museus, como o Museu das Armas, com armaduras medievais, e da Liberação, sobre a Segunda Guerra Mundial.

Les Invalides

Túmulo do Napoleão: pouca ostentação
Praça da Bastilha: marca o local onde existiu a prisão da Bastilha, cuja destruição ocorreu durante a Revolução Francesa e foi um marco para a história contemporânea. No local, há um monumento, porém nada muito especial.
Galeria Lafayette: loja mais famosa da França, merece uma visita para ver todos seus detalhes.
Visão geral
Paris é uma cidade espetacular. Apesar de extremamente clichê, certamente é um local que vale a pena se visitar. O único problema, no meu caso, foi a época em que visitei (final de julho), em que tudo estava apinhado de gente. Eu não consegui ir em tudo que queria por causa de filas, que demoravam horas. Acredito que ir fora de temporada seja bem mais tranquilo, podendo se visitar a cidade com mais calma.
No que se refere a gastronomia, Paris é conhecida por seus restaurantes chiques, que são muito caros para um mochileiro. Porém, é possível encontrar comidas mais em conta, incluindo deliciosos croissants, que se encontram em qualquer canto da cidade, e maravilhosos crepes (recomendo o Au Petit Grec) por preços mais amigáveis.

Creperia

Crepe top do Au Petit

Clássico croissant
Para se locomover pela cidade, acabei comprando o cartão Navigo, em que paguei cerca de 27 euros, e que é válido para uma semana. Não é muito barato, mas foi o jeito mais em conta que encontrei para me movimentar pela cidade, que conta com um ótimo transporte público.
De qualquer maneira, Paris é uma bela cidade e que requer pelo menos uns 4 a 5 dias para ser explorada. Recomendo fortemente, principalmente na baixa temporada. Vale a pena a visita!
Se tiver qualquer dúvida, sugestão ou crítica, é só comentar abaixo! 🙂