Todo mundo já deve ter escutado falar do Oktoberfest, a famosa festa que ocorre em Munique, na Alemanha, no início do mês de outubro (e que começa, na verdade, no final de setembro).
Como estava próximo à cidade, resolvi visitá-la no ano passado durante o Oktoberfest, aí aproveitei tanto para tomar umas cervejas lá, como também para visitar os principais pontos turísticos de Munique.
Munich, Munique em português, é a segunda cidade país popular da Alemanha entre os turistas, ficando atrás somente de Berlin. Capital do estado da Baviera, localizada no sul do país, Munique possui pouco mais de 1,3 milhão de habitantes e é uma cidade cheia de história e de importância para o país.
Além de ser sede de diversas empresas alemães, como BMW, Allianz e Siemens, não faltam cervejarias na região que produzem ótimas cervejas. Há, inclusive, 6 grandes marcas da cidade (Hofbräuhaus, Augustiner, Paulaner, Hacker-Pschorr, Spaten e Löwenbrau) que podem ser encontradas praticamente em cada esquina de Munique.
Assim como outras cidades alemãs, Munique foi bastante afetada por bombardeios durante a Segunda Guerra, porém conseguiu se reestruturar e hoje conta com belas atrações para todos os tipos de turistas. Vamos aos principais pontos turísticos da cidade:
- Marienplatz: praça principal de Munich desde sua fundação no século 12, é onde se localiza a Neues Rathaus, o lindo prédio que abriga a prefeitura da cidade. Neste local, todos os dias às 11h e 12h, turistas se aglomeram para ver a torre com o (Glockenspiel), onde alguns bonecos aparecem dançando.

Prédio da prefeitura de Munique visto a partir da praça Marienplatz.
- Englischer Garten (Jardim Inglês): considerado o maior parque urbano do mundo, sua área verde é muito apreciada pelos locais, que lotam seus gramados em dias de sol. Dentro do parque, há também o Hofgarten, simpático jardim com muitas flores e belas construções.

Hofbrau, em Munique, Alemanha.
- Viktualienmarkt (Mercado): localizado no centro da cidade, é o mercado mais importante de Munique, que se tornou bastante turístico (e gourmet) nos últimos anos. Lá, é possível encontrar de tudo: flores, batatas, cogumelos, verduras, carnes, pães, queijos, etc… Há algumas barracas que vendem sanduíches, que podem ser uma boa pedida para matar a fome.

Uma das barraquinhas do Viktualienmarkt, o mercado mais famoso de Munique.
- Peterskirche (Igreja de S. Pedro): construída no século XII, foi destruída durante a Segunda Guerra e reconstruída posteriormente. O mais legal da igreja é subir sua torre, com 306 degraus, que oferece uma bela vista do centro de Munique. Custa só 2 euros por pessoa.

Vista a partir da torre da Peterskirche. De lá, é possível ter um bom panorama de todo o centro histórico da cidade.
- Museus: como a grande maioria das cidades europeias mais importantes, Munique conta com diversas opções de museus. Infelizmente, não tive tempo de visitá-los, porém destaco aqui o Deutches Museum, maior de ciências e tecnologia do mundo, com mais de 10 km em corredores; a Pinakothek der Moderne, com uma grande coleção de arte moderna; a Alte Pinakothek, com obras de pintores famosos, como Rafael e da Vinci; o BMW Museum, que conta a história da marca e o Residenz Museum, castelo onde viveram os duques de Baviera que abriga hoje diversas coleções.

Residenz Munchen, antigo palácio real, que hoje abriga um complexo de de salas de museu.
- Outras atrações: além de tudo já citado, Munique conta ainda com dois estádios importantes: o Estádio Olímpico, construído para as Olimpíadas de 1972, e a Allianz Arena, onde o Bayern de Munique manda seus jogos, que podem ser visitados. Nos arredores da cidade, há ainda o Centro de Concentração de Dachau, o primeiro em uma cidade alemã, que hoje é um símbolo em memória às vítimas do nazismo.
Oktoberfest
Apesar de possuir diversos pontos turísticos interessantes e bastante conhecidos, Munique é mundialmente conhecida mesmo pelo Oktoberfest, festival de cerveja que ocorre entre o final de setembro e o começo de outubro.
Criado pelo rei bávaro Luís I para celebrar seu casamento em 1810, é hoje a maior festa da Alemanha, recebendo cerca de 7 milhões de visitantes por ano, que consomem pouco quase 8 milhões de litros de cerveja em cada edição.
O festival ocorre em uma grande área para eventos, o Parque Theresienwiese. Lá, é possível encontrar todo tipo de gente, desde famílias até grupos de amigos, sejam eles jovens ou mais velhos, como também turistas ou locais.

Parque Theresienwiese, onde ocorre o Oktoberfest.
Além das canecas de cerveja, o Oktoberfest possui com uma série de atrações, incluindo brinquedos para as crianças (roda-gigante, elevador, splash, carrossel, etc) e para os adultos. Também conta com muitas barracas de comidas alemãs, como salsichões variados e joelho de porco, além de pipocas, hambúrgueres, doces e tudo o que se possa imaginar.

Pão com joelho de porco, sanduíche tradicional da região.
Em relação ao festival em si, este começa bastante cedo, já que as cervejas começam a ser servidas às 10h da manhã. Por esse motivo, perto de 9h, já há uma multidão em frente às tendas para entrar e conseguir uma mesa.
Chegando um pouco mais tarde (até umas 14h), ainda é possível entrar nas enormes tendas, tomar umas cervejas e assistir aos shows de músicas tradicionais alemãs – embora somente de pé, já que as mesas já estão todas ocupadas. Se chegar mais tarde, porém, corre-se o risco de não entrar, já que a tenda já está abarrotada de gente e os seguranças fazem um cordão na frente, não deixando ninguém entrar. A dica então é: CHEGUE CEDO!

Tenda da Paulaner, uma das grandes tendas da festa, que ficam lotadas rapidinho.
Dentro das tendas, é possível encontrar pessoas de muitos locais diferentes, tanto da Alemanha quanto de outros países, vestidos com as roupas típicas bavieras. Lá também é possível experimentar a clássica (e enorme!) caneca de cerveja vendida no festival, com 1 litro. O problema para nós brasileiros é que a cerveja esquenta, e como não gostamos de cerveja quente, somos obrigados a bebê-la relativamente rápido. Aí, quando paramos para ver, já tomamos 2 litros em menos de 1h e meia…

Caneca de cerveja na tradicional Paulaner, uma das mais famosas cervejarias alemãs.
Apesar de ter achado muita cerveja para se tomar de uma vez só (prefiro tomar aos poucos), ela desce bem, já que é uma boa cerveja – seria bem mais complicado se fosse uma Glacial. Outra coisa também que vai que nem água é o dinheiro: cada caneca custa uns 12 euros. Nesse caso, é melhor não converter, já que nessa época de desvalorização do real, isso é muita grana. Para um viajante econômico, o melhor seria não beber, mas como fui pela primeira vez e provavelmente última, não tem problema gastar um pouquinho a mais para aproveitar a festa direito, curtindo a experiência. Certas coisas não têm preço e, com algumas dessas coisas, como o Oktoberfest, não tem muito como economizar…
Visão geral
Pessoalmente, gostei muito de Munique. É uma cidade muito organizada e com diversas atrações turísticas (e muita cerveja boa). Entretanto, acredito que ficou um pouco corrido para visitar tudo que me interessava com calma. A cidade também estava lotada de gente por conta do Oktoberfest, então havia muitas filas e tudo estava bem cheio.
Por isso, acredito que seria interessante voltar à cidade fora de temporadas, para poder desfrutar mais de tudo que tem a oferecer.
Já a experiência de ir ao Oktoberfest foi legal. Achei bastante interessante ter a chance de vivenciar isso uma vez na vida, porém não é algo que me encantou muito.
Lá, conheci muita gente que dizia ser a quarta ou quinta vez que participavam da festa, ou, inclusive, que viajou dos EUA para Munique por uma semana para curtir o Oktoberfest todos os dias. Realmente, esta não seria a minha opção. E francamente, não penso em voltar ao festival. Acredito que deve haver outras festas alemãs ainda mais tradicionais, e que não sejam tão cheias como o Oktoberfest, para serem visitadas.
De qualquer forma, valeu a pena. Fui, conheci, gostei e recomendo a todos que se interessem que vão conhecer também, tanto Munique, como o Okotberfest!
Caso tenha alguma dúvida ou sugestão, deixe aqui nos comentários! 🙂