Talvez você nunca tenha ouvido falar do Sri Lanka, mas já tenha visto em algum lugar Sigiriya, o mais emblemático (e enigmático) local do país.
Localizada bem no meio das planícies centrais do país, Sigiriya não é apenas uma pedra, como parece de longe.

História
Na verdade, o local conta com ruínas de uma civilização antiga, que estabeleceu no topo do local um palácio real há cerca de 1500 anos.
A teoria mais aceita atualmente é de que a rocha teve funções militares e abrigou um palácio real durante o reinado do Rei Kasyapa, entre 477-495. Esse teria sido o monarca que construiu o palácio no topo da pedra, além dos belos jardins que ainda hoje circundam o local.
O complexo foi abandonado no século XIV e redescoberto apenas em 1898. Desde 1982, é considerado um dos patrimônios da humanidade pela UNESCO.
A visita a Sigiriya
Uma visita ao local, cujo ticket custa USD 30 (cerca de 160 reais na cotação atual) leva cerca de meio dia e dá uma boa ideia da grandeza da civilização que ali construiu o palácio. Geralmente, as filas para subir até o topo da rocha pelas estreitas escadas são bastante grandes e podem levar até 4 horas. Quando visitei o local, porém, estava super vazio por conta da pandemia e praticamente não havia turistas.

Além de seus belíssimos jardins, Sigiriya oferece muito mais aos visitantes: ruínas, esculturas e afrescos são algumas das coisas que podem ser encontradas ali.
Jardins reais
Localizados na base da rocha de Sigiriya, os belos jardins reais são a porta de entrada para o sítio arqueológico. Além da vista para a imponente pedra, também chama a atenção a simetria e as diversas partes do jardim, que inclui algumas áreas com espelhos d’água.

Patas de leão (Lion’s Paws)
Em sinhala, a língua local, Sigiriya significa a Rocha do Leão. Isso porque foram descobertos no local, nas primeiras escavações realizadas, duas gigantescas patas de leão, que faziam parte de uma escultura maior. Datada do século 5, só sobram hoje as patas da escultura original. Mesmo assim, seu tamanho impressiona e dá uma ideia da grandeza do lugar antigamente.

Cavernas e galerias
Tanto na base como na rocha propriamente dita, não faltam cavernas e galerias com resquícios das civilizações que habitaram Sigiriya séculos atrás. Além de escritas em algumas dessas cavernas, o maior destaque fica para alguns afrescos, pinturas realizadas diretamente nas paredes, localizados em uma galeria da rocha. Acredita-se que as pinturas representam as concubinas do rei Kasyapa. Como foram pintados em uma área relativamente protegida, os afrescos surpreendentemente estão em ótimas condições, com suas cores ainda bem vivas. Há também uma outra galeria que contam com algumas inscrições bastante antigas, feitas entre os século 6 e 14.
Topo
O ponto alto da visita, literalmente, é o topo da pedra, local em que foi construída a capital da civilização. Cobrindo pouco mais de 1,5 hectare, as poucas ruínas que sobraram não são tão impressionantes. A vista, 360 graus, é, porém, uma das mais impressionantes do Sri Lanka. Sentar-se em algum canto para apreciar os quilômetros e quilômetros que a vista alcança é, sem dúvidas, uma das melhores coisas a se fazer numa visita ao Sri Lanka.


Visita extra: Pidurangala
Localizada bem pertinho de Sigiriya, há outra montanha, um pouco menos conhecida, que se chama Pidurangala. Para subir até lá, a caminhada dura em torno de 20 minutos e passa pro dentro de um templo budista. Assim como Sigiriya, a vista de lá é simplesmente sensacional, com o bônus de que se pode ver Sigiriya por uma outra perspectiva. Por isso, deixo aqui como recomendação, caso tenha motivação e energia sobrando, a visita à Pidurangala. Vale muito a pena!

Visão Geral
Sigiriya é um dos pontos turísticos mais importantes do Sri Lanka e não é à toa. A imponência da rocha, a vista que ela oferece e a história que ela transpira são alguns dos vários motivos que fazem com que eu recomende totalmente a visita ao local. Vale muito a pena mesmo. Foi, sem dúvidas, um dos destaques da minha viagem ao Sri Lanka.
Para dicas de outros destinos no Sri Lanka, veja também o post de Galle, Ella e Anuradhapura.
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